sábado, 16 de janeiro de 2010

Era do Amor


A década de 50 foi marcada por uma crise no moralismo rígido da sociedade, uma vez que o tão empolgante Sonho Americano não empolgava mais a juventude do planeta. Neste embalo, a década de 60 destacou-se pelas manifestações sócio-culturais e pelo entusiasmo e espírito contestador do povo. Revela-se, também, as experiências com drogas, a perda da inocência, a revolução sexual e os protestos juvenis contra os governos ascendentes. É neste cenário metamórfico que se passa a história de Hair, um filme de 1979, do gênero musical, dirigido por Milos Forman e com o roteiro baseado em um espetáculo homônimo da Broadway, que fez muito sucesso no final da década de 60 e na década de 70.

Um jovem habitante do interior de Oklahoma em busca de sua pátria, em encontro ao seu dever: alistar-se ao exército, a fim de ceder sua vida à guerra do Vietnã. Em sua viagem acaba por passar por Nova York, onde conhece um grupo de hippies habitantes do Central Park. Liderado por Berger, o líder pacifista dos hippies, caracterizado pelo seu grande altruísmo e benevolência, o grupo apresenta uma excentricidade cativante. Quando indagado para onde iria e o que pretenderia fazer nesses dois dias em que estaria em Manhattan, Claude conhece um mundo totalmente novo pelas mãos dos hippies e sofre uma verdadeira lavagem cerebral de valores.

Tarde de Extravagante Deleite


Para Dan, ela era sua vida, completava-o, preenchia metade de seu coração: Candy, sua doce pintora. Sua amada, seu futuro. A promessa de um futuro. Sobre a linha do tempo da vida, a felicidade os aguardava. Ela estava ali, à espera. E o mundo nada poderia fazer.

Para Candy, ele era sua vida, completava-a, preenchia metade de seu coração: Dan, seu belo poeta. A certeza de um eterno sorriso. Ela só desejava, todos os dias, ter uma tarde de extravagante deleite ao lado de sua paixão. Seu amado, seu futuro. A promessa de um futuro. A felicidade era certa. E o mundo nada poderia fazer.

Mas, infelizmente, o mundo é mais real do que parece.

Heroína. O segundo amor das vidas de Dan e Candy. Aquilo que completava a metade vazia de seus corações. Ela estava ali, sempre à espera. Pronta para levá-los para longe do mundo. Era a promessa da felicidade.

A vida não é fácil para viciados. Mas Dan, Candy e a heroína estão juntos nessa. Dependentes do corpo, submissos ao tempo.

Candy, um filme australiano, dirigido por Neil Armfield.

Expresso da Meia-Noite


Billy Hayes é um jovem americano que está em Istambul, na Turquia, e possui um único objetivo: embarcar de volta para os EUA. Ele está a um passo de realizá-lo, mas o destino lhe guarda surpresas, novas experiências virão. O destino quis que a polícia o flagrasse carregando haxixe. Este foi o embarque em sua nova vida. Ele só desejava voltar à sua amável terra natal. Agora, amabilidade é uma palavra da qual ele desconhecerá o significado.

Conhecerá, sim, o significado da palavra desolação. Sob condições subumanas e deploráveis da prisão turca para a qual ele é despojado, conhecerá, a fundo, as instituições que regem aquele país. Ser um estrangeiro complica um pouco mais as coisas. Billy sentirá sob sua própria pele a aplicação de cada lei. As leis que moldam-se e transmutam-se ao tempo; leis corruptas, de um país mergulhado na pobreza; as leis dos interesses: a lei dos homens.

O que resta ao jovem rapaz senão a tentaviva de embarcar no expresso da meia-noite? Antes que a loucura extinga por completo o pouco de luz que ainda há no fim da linha.

Produzido em 1978, porém de um contexto atualíssimo, Expresso da Meia-Noite ganhou dois óscares. Direção de Allan Parker, com roteiro do brilhante Oliver Stone.

'' Todos nós viemos de uma fábrica e às vezes uma fábrica faz máquinas ruins, que não funcionam. Então as colocam aqui. As máquinas não sabem que são ruins, mas o pessoal da fábrica sabe. Sabe que você é uma das máquinas que não funciona. ''